Após veto, PDT será convidado para reunião do Conselho Político

Exclusão do partido em encontro com Dilma foi vista como retaliação por votos divididos no projeto do salário mínimo; nesta terça, líder petista na Câmara informou sobre convite à legenda

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Por DENISE MADUEÑO
Atualização:

Depois de ter sido excluído da reunião dos partidos da base com a presidente Dilma Rousseff, o PDT participará da reunião do Conselho Político, em data ainda a ser marcada. O Conselho Político reúne os presidentes e os líderes dos partidos aliados. "O PDT será convidado para a reunião do Conselho Político. É lá que vamos debater as políticas do governo", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).O partido também estará na reunião da base no próximo dia 15. Faz parte da rotina do líder do governo reunir os líderes aliados todas as terças-feiras durante um almoço para discutir a pauta da semana. O líder do PDT, deputado Giovanni Queiroz (PA), confirmou que participará desse encontro no dia 15 de março. Na próxima terça, por conta do carnaval, não haverá essa reunião.O PDT não foi convidado para o encontro da base com Dilma realizado nesta quarta-feira, 2, como uma forma de retaliação por não ter defendido o valor do salário mínimo de R$ 545, fixado pelo governo. Foi o único partido aliado a não ser convidado para o encontro. Dos 26 deputados do PDT que participaram da votação do projeto do mínimo, nove deram seus votos ao valor de R$ 560, 16 seguiram a orientação do Palácio do Planalto e um se absteve.Sobre a exclusão de seu partido, o líder do PDT reagiu ontem afirmando que não existe alinhamento automático de sua bancada. "Somos aliados e não subordinados. Isso tem de ficar bem claro e temos certeza de que não teremos dificuldades de convivência com o governo, que compreende isso", afirmou Queiroz. Ele disse também que compreendeu as motivações da presidente e que ela evitou o constrangimento mútuo de ver recusado o convite. Para o deputado, os líderes foram comemorar no Palácio o salário mínimo de R$ 545, mas ele defendeu o valor de R$ 560.

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