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Após sucesso no 2.º turno, Marta pode virar ministra

Uma das possibilidades é assumir a Pasta de Cidades

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Por Agencia Estado
Atualização:

Preterida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidata do PT ao governo paulista, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy sai da eleição em alta, com crédito para assumir um ministério em 2007 - uma das possibilidades é o de Cidades - e para a disputa em 2010, segundo publicou o Estado na edição desta sexta-feira. Marta coordenou a campanha de Lula à reeleição no segundo turno e capitaliza o crescimento registrado no Estado de São Paulo e na capital, ainda que o tucano Geraldo Alckmin tenha vencido nesses locais. Na capital, Lula passou de 35,70% dos votos no primeiro turno para 45,58%, no segundo. No Estado, foi de 36,77% para 47,74%. Com o candidato derrotado ao governo paulista Aloizio Mercadante arrastado pela crise do dossiê Vedoin - o coordenador de comunicação de sua campanha, Hamilton Lacerda, se envolveu na compra de documentos contra tucanos - Marta fez as vezes de candidata. Ela subiu no palanque dos oito comícios de Lula no Estado, organizou e participou de eventos e, principalmente, assumiu a artilharia contra o candidato do PSDB. Coube a ela protagonizar os ataques mais ferozes aos tucanos e às privatizações. ´O PSDB vendeu quase tudo´, acusou a ex-prefeita. ´Acho que tem de ser louvado na Marta a atitude bonita de, após perder a prévia, dar a volta por cima. Participou ativamente do primeiro turno e coordenou o segundo turno da campanha presidencial´, reconhece o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). ´Não só o resultado eleitoral no Estado e na capital, mas o papel dela na campanha , sobretudo no segundo turno, aumentou ainda mais o cacife dela´, avalia o presidente municipal do PT, Paulo Fiorillo, fiel aliado de Marta, ex-secretário na prefeitura. Há ainda um núcleo de prefeitos da Grande São Paulo não afinado com ela e resiste, por exemplo, à hipótese de que Marta possa ser indicada para a pasta de Cidades. Por ora, Marta prefere o silêncio. Tirou a semana para descansar e se recolher enquanto aguarda a escalação do futuro ministério.

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