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Após recesso, Congresso retoma trabalho em ritmo lento

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Por DENISE MADUEÑO E CIDA FONTES
Atualização:

A primeira sessão da Câmara com votação marcada após o recesso parlamentar só conseguiu atingir o quórum para votação, de 257 deputados, às 19h30. O próprio presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), se atrasou. Chinaglia chegou à Câmara uma hora e cinco minutos depois de iniciada a sessão extraordinária e não gostou de saber que alguns deputados, nos bastidores, estavam criticando a sua ausência. "Desafio a dizer quando não cumpri minha função", afirmou o presidente. Chinaglia contou que estava acompanhando, mesmo fora da Câmara, o número de registro de presenças dos deputados e que não era necessário ficar no plenário à espera de quórum. Ele disse estar "moderadamente otimista" com a possibilidade de votação nas sessões desta semana. No Senado, a situação é diferente. Mal chegaram do recesso parlamentar de 15 dias, os senadores já começam a tratar das próximas folgas. O presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), reconheceu que será necessário "fazer um esforço muito grande" para que o Congresso funcione nestes dois meses que antecedem as eleições municipais. "É importante todos participem das campanhas e os candidatos às prefeituras pedem a influência dos parlamentares em seus municípios", afirmou o senador. Garibaldi vai propor amanhã aos líderes partidários, durante reunião, que a terceira semana deste mês seja reservada para a campanha eleitoral, o que equivaleria a mais uma semana de recesso parlamentar. Em setembro, essa folga seria maior, de 15 dias, e acertada para as duas últimas semanas do mês. A idéia é realizar votações nas duas primeiras semanas e na última de agosto. Segundo ele, isso possibilitaria aos senadores acompanharem de perto as eleições municipais. O presidente do Senado vai tentar também desobstruir a pauta trancada por três Medidas Provisórias (MPs). "Quando há acordo de lideranças, os projetos caminham rapidamente para votação, determinados prazos são deixados de lado porque há um acordo. Se conseguirmos consenso, tudo bem", disse, ao admitir que durante a campanha eleitoral o Congresso estará esvaziado.

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