
23 de setembro de 2007 | 17h00
Abandonada pelo marido e desaparecida há quatro dias, a índia caiová, Juliana Balbino, 39 anos, foi encontrada morta na noite do último sábado, em uma fazenda em Amambaí, no Mato Grosso do Sul, divisa com o Paraguai, extremo sul do Estado. É o 20º. assassinato deste ano de indígenas que vivem na região, onde o índice de suicídio também é alto. De janeiro até julho foram registrados 19 casos. No mesmo período aconteceram 15 mortes de crianças indígenas, subnutridas. Soma-se a esse quadro as brigas com lesões graves, principalmente provocadas por armas brancas, sendo no mínimo um caso por dia, somente em Amambaí onde vivem 12 mil índios em duas aldeias. A situação é mais grave em Dourados, com 12 mil indígenas vivendo em 10 mil hectares. O coordenador estadual do Conselho Indiginista Missionário, Egon Hech, afirma que a violência vai continuar aumentando nas 74 aldeias do MS, devido à concentração de índios, por metro quadrado. Em Dourados, por exemplo, a média é de 331 índios por quilômetro quadrado, enquanto para população não indígena, a média é de 40 habitantes para a mesma área, na cidade.
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