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Após polêmica, Janot lança livro em noite de autógrafos esvaziada

Ex-procurador-geral se recusa a comentar declaração de que foi armado ao STF, em 2017, com a intenção de matar Gilmar Mendes

Foto do author Francisco Carlos de Assis
Foto do author Pedro  Venceslau
Por Francisco Carlos de Assis (Broadcast), Pedro Venceslau e Cecília Ramos
Atualização:

O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot autografou nesta segunda-feira, 7, em São Paulo, seu livro Nada Menos Que Tudo e se recusou a comentar a polêmica declaração de que, em maio de 2017, foi armado ao Supremo Tribunal Federal com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes. “Hoje é o dia do livro, o dia da palavra escrita”, disse.

Janot lança livroNada Menos Que Tudoem São Paulo Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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Janot chegou ao lançamento cercado por seguranças. Com 20 minutos de atraso, desceu de uma caminhonete preta com vidros escuros. Havia mais jornalistas que clientes na livraria, apesar de a expectativa de uma movimentação grande. Dos 550 exemplares disponíveis, apenas 43 foram autografados. Nenhuma autoridade compareceu ao lançamento.

No livro, o ex-procurador-geral narra os bastidores e os momentos mais tensos de sua gestão e da Operação Lava Jato. Ao Estado, em 26 de setembro, Janot disse que durante sua passagem pelo cargo cogitou matar a tiros Gilmar.

Janot chega ao lançamento do livro cercado de seguranças Foto: Nilton Fukuda/Estadão

“Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou. O episódio, no entanto, é descrito no livro de forma genérica e sem o nome dos envolvidos. Janot alega que narrou a cena, mas “sem dar nome aos bois”.

A revelação de Janot fez com que o ministro do STF Alexandre de Moraes determinasse que ele não se aproximasse a menos de 200 metros de membros da Corte.

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