Após onda de protestos, Dilma se reune com coordenação política pata tentar traçar estratégia
Presidente realiza encontro com 11 ministros da coordenação política para discutir medidas após o tamanho das manifestações deste domingo, 13
Por Carla Araujo
Atualização:
Brasília - Um dia após a maior manifestação popular da história recente do País, a presidente Dilma Rousseff, pressionada para deixar o cargo, comanda nesta manhã uma reunião de coordenação política para tentar traçar uma estratégia de resposta aos protestos.
Participam do encontro os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo); Edinho Silva (Comunicação Social); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab (Cidades); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues (Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e Carlos Vieira, ministro interino da Integração Nacional. Além deles, estarão presentes os líderes do governo na Câmara, José Guimarães, e no Congresso Nacional, José Pimentel.
Avenida Paulista é tomada por manifestantes vestidos de verde e amarelo
1 / 24Avenida Paulista é tomada por manifestantes vestidos de verde e amarelo
Manifestação
A Polícia Militar chegou arestringiro acesso de pessoas à Avenida Paulista na manifestação de 13 de março. O argumento foio excesso de pessoas no loca... Foto: Daniel Teixeira / EstadãoMais
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Foto da Avenida Paulista mostra a via tomada de manifestantes Foto: AFP / MIGUEL SCHINCARIOL
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O governador Geraldo Alckmin e o senador Aécio Neves, ambos do PSDB, foram ao protesto na Avenida Paulista. Os políticos foramhostilizadose não discur... Foto: Gustavo Lopes / Radio EstadãoMais
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Criança cumprimenta policial militar na Avenida Paulista Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
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Manifestantes tiram foto com agentes da Polícia Militar em São Paulo Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
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Manifestantes levaram bonecos da presidente Dilma e do ex-presidente Lula Foto: AMANDA PEROBELLI / ESTADÃO
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Raio entre o vão livre do Masp e a sede da Fiesp concentra o maior volume de manifestantes Foto: Gabriela Biló/Estadão
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O presidente da Fiesp Paulo Skaf defendeu nesta tarde a renúncia da presidente como caminho 'menos traumático' para o fim da crise política no Brasil Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Vão livre do Masp concentra manifestantes na tarde deste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
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O juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato são alvo de homenagens no protesto deste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Manifestantes fazem ato contra o governo de Dilma Rousseff na Avenida Paulista Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Como aconteceu em atos anteriores, policiais militares são exaltados pelos manifestantes Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Bandeiras de manifestantes pedem o fim dacorrupção, a renúncia e o impeachment dapresidente Dilma e exaltam o juiz Sergio Moro e a Operação Lava Jato Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Concentração reúne manifestantes na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Reivindicações se ampliam na Avenida Paulista neste domingo Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Vestidos de verde e amarelo, manifestantes carregam faixas, bonecos de alusão aDilma Rousseff e aLulae bandeiras do Brasil Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Marcado para começar às 15h, o ato contra o governo de Dilma Rousseff já recebia manifestantes desde o início da tarde Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Cartazes pedem o fim da corrupção e a saída de Dilma Rousseff da presidência Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Vendedores ambulantes faturam com a venda de bonecos em alusão ao ex-presidente Lula e à Dilma Rousseff Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Bandeiras do Brasil ilustram a Avenida Paulista na tarde desta terça-feira Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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Em São Paulo, vendedores ambulantes se incorporam à manifestação na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
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É possível encontrar'panelaços' na concentração do ato contra o governo de Dilma Rousseff Foto: Gabriela Biló/Estadão
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Crianças participam de manifestação na Avenida Paulista Foto: Gabriela Biló/Estadão
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'Panelaço' também integra protesto na Avenida Paulista Foto: Amanda Perobeli/Estadão
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Neste domingo, milhões de brasileiros foram às ruas, em pelo menos 239 cidades nas cinco regiões, pedir a saída da petista Dilma Rousseff da Presidência da República. Os protestos também tiveram como alvo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fundador e principal líder do PT, investigado pela Operação Lava Jato e pelo Ministério Público de São Paulo.
Os manifestantes se dividiram entre o apoio ao impeachment de Dilma, em tramitação na Câmara dos Deputados, a cassação do mandato pela Justiça, sob análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a pressão pela renúncia da petista do cargo que ela ocupa desde janeiro de 2011 e para o qual foi reeleita em 2014, com 51,64% dos votos no segundo turno.
Veja a repercussão internacional dos protestos no Brasil
1 / 6Veja a repercussão internacional dos protestos no Brasil
The New York Times
O jornal norte-americano "The New York Times" ponderou que os protestos são "um teste decisivo para a presidente Dilma Rousseff". O jornal destaca que... Foto: REPRODUÇÃOMais
Le Monde
O francês "Le Monde" também destacou as manifestações no Brasil, classificando-as como uma "mobilização de larga escala contra a presidente Dilma Rous... Foto: REPRODUÇÃOMais
The Wall Street Journal
O jornal norte-americano "The Wall Street Journal" destacou os protestos no Brasil na página principal de seu site. Segundo a publicação, a ira dos ma... Foto: REPRODUÇÃOMais
Clarín
O argentino "Clarín" fez uma chamada com foto na home de seu site e destacou que o Brasil é um "país convulsionado". O jornal também destaca que o pro... Foto: REPRODUÇÃOMais
El País
O jornal espanhol "El País" disse que as manifestações são "uma prova de fogo para as organizações que, desde o final de 2014, iniciaram um movimento ... Foto: REPRODUÇÃOMais
The Guardian
O britânico "The Guardian" abordou o tamanho dos protestos deste domingo no Brasil: "a expectativa é de que as manifestações sejam maiores do que as q... Foto: REPRODUÇÃOMais
PMDB. Após a reunião de coordenação, às 11 horas, Dilma tem uma reunião com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que é do PMDB. O partido, que é a maior base de sustentação do governo, realizou convenção nacional no sábado e em um primeiro sinal de rompimento com o governo Dilma aprovou uma moção que impede que membros do partido assumam novos cargos no governo pelos próximos 30 dias. A proibição vale até o diretório nacional tomar uma decisão definitiva sobre o desembarque ou não da gestão da petista.
Com isso, o deputado Mauro Lopes (MG) fica impedido de assumir a Secretaria de Aviação Civil nesta semana. O ministério havia sido prometido ao PMDB de Minas Gerais em troca do apoio à recondução do Leonardo Picciani (RJ), aliado do governo Dilma, à liderança do partido na Câmara.