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Após notícias sobre delação, Delcídio pede ao Supremo para ficar mais tempo em SP

Inicialmente, o relator da Lava Jato na Corte, ministro Teori Zavascki, autorizou a permanência do parlamentar na capital paulista para a realização de exames médicos entre os dias 26 de fevereiro e 7 de março

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Por Beatriz Bulla
Atualização:
Suposto acordo de delação do senador Delcídio Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, foi divulgada na última quinta (3) Foto: UESLEI MARCELINO|Reuters

Brasília - Após a divulgação dos termos de sua delação premiada, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para estender o período em que está autorizado a ficar em São Paulo, de acordo com fontes com acesso às investigações do parlamentar no Tribunal. Inicialmente, o relator da Lava Jato na Corte, ministro Teori Zavascki, autorizou a permanência do parlamentar na capital paulista para a realização de exames médicos entre os dias 26 de fevereiro e 7 de março.

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Agora, os advogados do parlamentar e ex-líder do governo no Senado pedem sua permanência em São Paulo no período entre 8 e 22 de março, também para tratamento médico. Na quinta, no dia em que as declarações de Delcídio vazaram através de publicação da revista IstoÉ, o senador se encontrou com seu advogado em São Paulo.

De acordo com a revista, Delcídio pretendia conseguir um termo de confidencialidade da delação pelo período de seis meses para escapar de um processo de cassação no Conselho de Ética. Os depoimentos do petista, no entanto, vazaram antes disso.

Cabe a Teori Zavascki analisar agora se concede mais prazo para a permanência de Delcídio em São Paulo. O senador foi preso em novembro do ano passado por tentativa de atrapalhar as investigações da Lava Jato e solto no último dia 19 por decisão do relator no STF, a partir de parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR)

O ministro do STF informou a interlocutores que quer investigar o vazamento da delação premiada do senador. A intenção de Teori, segundo fontes do Tribunal, é pedir que a PGR apure o vazamento das informações sigilosas. A delação de Delcídio ainda não foi homologada pelo ministro, o que deve ocorrer nos próximos dias.

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