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Após MP pedir suspensão de contratos, secretário diz que Metrô é exemplo

Promotoria pediu a suspensão de contratos bilionários de reformas de trens

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Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, defendeu, na manhã desta quarta-feira, 4, os dez contratos de reforma e modernização do Metrô que o Ministério Público quer suspender por indícios de irregularidades. A recomendação pela suspensão foi feita nessa terça-feira. Ao defender que a reforma de 98 trens foi mais vantajosa do que a compra de tens novos, o secretário disse que "talvez o mundo tenha que aprender conosco".

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Nenhum Metrô do mundo faz reformas como São Paulo está fazendo, segundo o promotor de Justiça Marcelo Milani, autor da recomendação.

Milani quer cancelar os contratos, que somados chegam a R$ 2,5 bilhões, baseado na demora para a entrega de parte dos equipamentos, como o sistema de sinalização, chamado CBTC, e nos indícios de que a reforma acabou saindo mais cara do que a compra de trens novos. Os trens, com 40 anos de uso, foram chamados de sucata pelo promotor.

"Os trens não são sucata. Eles rodam há 40 anos e vão rodar mais 30. Quem vem de fora fica impressionado", rebateu o secretário, antes de uma apresentação que faria sobre trens regionais na Assembleia Legislativa.

Fernandes disse que o Metrô fará uma reunião com o MPE na semana que vem para discutir os aspectos da representação e defender a continuidade dos contratos.

Dos dez contratos, quatro são para reforma de trens das linhas 1-Azul e 3-Vermelha. Os outros são para troca dos sistemas de freios, do truque dos trens e da suspensão. O último é a troca do sistema de sinalização CBTC, que já está com mais de dois anos de atraso. A demora é porque o sistema comprado da empresa Alstom não conseguiu, até agora, funcionar nos trens paulistas.

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