PUBLICIDADE

Após falar em caixa 2 no PT, Dirceu faz crítica à imprensa

Segundo ele, mídia explorou apenas declarações que causaram polêmica

Por e Eugênia Lopes
Atualização:

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu atacou ontem a imprensa pelo tratamento dado à entrevista concedida por ele à revista Piauí deste mês. Em seu blog na internet, o deputado cassado disse que a mídia empenhou-se em explorar apenas as informações que permitissem gerar "intensa polêmica", apesar de a matéria ser um "simples, bem feito e, no geral, correto relato" de seu trabalho atual como consultor de empresas. Segundo reportagem da revista, Dirceu afirmou que a sede do PT em Porto Alegre foi feita com recursos de caixa 2. Além disso, traz menções ao filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, e críticas a petistas gaúchos e a senadores da base. "A reportagem da Piauí tem nada menos que 11 páginas, mas como sempre o que interessou foi um único trecho sobre o PT gaúcho que possibilitou à mídia explorar as divergências internas no nosso partido e desencadear intensa polêmica", registra o blog. Ele voltou a dizer que a reportagem contém algumas "imprecisões", apontadas por ele em nota distribuída na semana passada. Repetiu que não fez nenhum tipo de denúncia ao falar sobre caixa 2 no Rio Grande do Sul e disse que apenas mencionou acusações da oposição durante o governo do também petista Olívio Dutra. Dirceu também reiterou sua versão sobre a menção ao filho do presidente, ao afirmar que se referia ao jornalista Luiz Costa Pinto, apelidado de Lula. Fábio Luis ganhou espaço no noticiário quando a empresa da qual é sócio, a Gamecorp, recebeu investimentos da Telemar. CPI O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), anunciou ontem que o partido começará a recolher assinaturas para criação de CPI que investigue a declaração de Dirceu sobre caixa 2 no PT gaúcho. O deputado informou ainda que o partido deve encaminhar ao Ministério Público Federal cópia da entrevista para que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, inclua no inquérito do mensalão que está no Supremo Tribunal Federal.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.