Após desconvidar Cuba, Bolsonaro recebe dissidente do país em sua casa

Cubano Orlando Gutierrez-Boronat deixou o país nos anos 1970 e é hoje crítico do governo de seu país

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Por Constança Rezende e Cristian Favaro
Atualização:

Depois de retirar o convite à Cuba para que este país envie um líder para participar de sua posse, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) recebeu na manhã desta quinta-feira, 20, o cubano Orlando Gutierrez-Boronat, "um dos principais denunciantes das atrocidades cometidas pela ditadura daquele país", escreveu Bolsonaro em sua conta no Twitter.

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O capitão do exército postou uma foto em que conversa com Gutiérrez-Boronat, acompanhado de outras pessoas em sua casa na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio. O cubano é crítico do governo de seu país e vive nos Estados Unidos desde o início dos anos 1970. 

Recentemente, em rede social, o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, também falou sobre o não convite a outro líder que não é bem quisto pelo novo governo: "Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do presidente Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira". 

O presidente eleito Jair Bolsonaro em conversa com o cubano Orlando Gutierrez-Boronat Foto: Reprodução/Twitter Jair Bolsonaro

Religiosos

Mais tarde, ele também recebeu visitas de um conselho de pastores norte-americanos e representantes da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em sua conta no Instagram, publicou uma foto da reunião com os pastores e afirmou que, “mesmo sendo católico”, crê que toda religião “traz consigo algo que possa agregar a qualquer um de nós como pessoas comuns. “O que importa é que sempre tenhamos fé”, escreveu.

Também estão previstas visitas de um cabeleireiro e de um alfaiate, que lhe entregará o terno que será usado em sua posse. Até a manhã desta quinta-feira, 20, não havia previsão de Bolsonaro sair de casa.

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