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Após denúncia, Temer diz que Padilha fica no cargo

Presidente faz defesa de ministro após revelação de que titular da Casa Civil pediu a lobista R$ 1 milhão

Por Rafael Moraes Moura e Erich Decat
Atualização:
Presidente Michel Temer com os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento) durante café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada Foto: Dida Sampaio|Estadão

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer disse nesta manhã de quinta-feira, 22, que não vai tirar o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, do cargo. Em café com jornalistas no Palácio da Alvorada, Temer afirmou que Padilha “continua firme e forte no governo”. “Não tirarei o chefe da Casa Civil. Não haverá mudança”, disse.

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A Coluna do Estadão revelou nesta quinta que o ministro pediu ao lobista Lúcio Funaro uma entrega de dinheiro no escritório do ex-assessor da Presidência José Yunes. Funaro teria entregue a Yunes dinheiro vivo repassado pela Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhão, de acordo com a Coluna. Um dos auxiliares mais próximos de Temer, Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Ele narrou uma reunião em que Temer teria pedido a Marcelo Odebrecht recursos para o PMDB. Marcelo teria decidido repassar R$ 10 milhões, sendo que R$ 6 milhões teriam ido para campanha de Paulo Skaf e R$ 4 milhões entregues ao ministro Padilha e Yunes. À Coluna, Padilha disse que “não pediu” nada a Funaro.

No encontro com jornalistas, o presidente afirmou ainda não ter “nenhuma intenção neste momento de fazer mudança na equipe”. “Naturalmente, não sei o que vai acontecer daqui pra frente”, completou.