21 de agosto de 2008 | 13h39
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir o nepotismo no Judiciário, Executivo e Legislativo surpreendeu o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Ele admitiu ter que desligar um sobrinho contratado para trabalhar no próprio gabinete. Veja Também:STF aprova súmula que proíbe nepotismo nos três PoderesOpine: você concorda com a decisão do STF? Os principais casos de nepotismo Avaliar decisão sobre nepotismo cabe ao Congresso, diz Tarso STF estende decisão e proíbe nepotismo nos três Poderes Ele disse não esperar que a medida tivesse tal "amplitude". "Pensei que a decisão viria ao encontro daqueles que tinham parentes no Judiciário e não nos outros poderes, mas o STF decidiu no sentido de que tivéssemos a decisão alcançando os demais poderes", comentou. "Agora é cumprir a decisão do Judiciário e aguardar os desdobramentos de como se deve proceder para cumpri-la através da súmula que será publicada", completou. O presidente do Senado disse que a Casa fará um levantamento para saber quais senadores se encontram na mesma situação. "Não sei da repercussão em outros gabinetes de senadores. Isso se faz um levantamento para cumprir a decisão", disse. O STF proibiu a contratação de parentes até terceiro grau nos três Poderes. A súmula vinculante com a decisão será editada em julgamento nesta tarde. Proposta semelhante à aprovada pelo STF estava parada no Senado aguardando votação. "Não houve consenso. Todos nós sabemos e não é uma novidade. Inclusive, depois que eu cheguei à presidência, confesso que não houve cogitações no sentido de votar os projetos que estavam em andamento nesse sentido", admitiu.
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