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Após decisão do PPS, candidatos à Câmara vão atrás do PDT

Partido que elegeu 24 deputados à Casa é próximo alvo de Aldo, Chinaglia e Fruet

Por Agencia Estado
Atualização:

Com a decisão do PPS de apoiar Gustavo Fruet (PSDB-PR) na disputa pela presidência da Câmara, o próximo alvo de todos os candidatos é o PDT, que elegeu 24 deputados e só vai definir sua posição na próxima terça. Até agora, dos dezesseis partidos com assento na Câmara, 12 decidiram quem vão apoiar. O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), conseguiu a adesão de PT, PMDB, PP, PTB, PL, e PSC. O atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), conta com PCdoB, PSB, PMN e PFL. Além do apoio do PPS, Fruet tem ao seu lado o PSDB. O líder do PPS, Fernando Coruja (SC), argumentou, ao anunciar a decisão da bancada na quarta-feira, que o Legislativo precisa ser independente e Fruet foi lançado pelo grupo que defende uma candidatura não ligada ao Planalto. Participaram da reunião apenas nove deputados, mas Coruja afirmou que os demais foram consultados por telefone. Sessão Aldo anunciou na quarta-feira que não vai presidir a sessão que vai eleger seu sucessor. Ela será comandada por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Embora não haja impedimento regimental, Aldo preferiu não presidi-la, para demonstrar isenção, já que é candidato. "Obedeço ao regimento interno e a princípios que devem orientar uma eleição de caráter democrático", disse. O regimento prevê que a sessão para a eleição da Mesa seja comandada pelo presidente anterior, caso tenha sido reeleito. Na sua ausência, o comando cabe ao deputado com maior número de mandatos. Alves tem 58 anos e assumirá seu 10º mandato como deputado federal no dia 1º. A sessão de posse, às 10 horas, será presidida por Aldo. Na quarta-feira, em Belo Horizonte, onde se encontrou com deputados mineiros, Chinaglia disse acreditar que ainda é possível vencer a disputa no primeiro turno. Ele admitiu, porém, que a entrada de Fruet na disputa deve tirar votos dele e de Aldo. "Houve uma repaginação da disputa, mas continuo trabalhando para, se possível, ganhar no primeiro turno", contou. Ele garantiu que não está preocupado com a possibilidade de racha na base aliada por conta da disputa entre ele e Aldo. "O ideal seria que tivesse havido um fórum da base aliada para escolher o candidato. Me submeteria a isso, como forma de demonstração de unidade entre os partidos. Se isso não ocorrer, vamos para a disputa". Chinaglia disse ainda que, se eleito, não vai defender o reajuste de 90% dos salários dos deputados. "Não há mínima hipótese de conceder tal reajuste". Colaborou Raquel Massote

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