Apoio a Dilma ajudou para a escolha de Skaf, diz Kassab

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Por ELIZABETH LOPES E GUSTAVO PORTO
Atualização:

O ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, disse hoje que a aliança nacional firmada com o PT da presidente Dilma Rousseff nestas eleições contribuiu para que seu partido optasse pelo apoio à candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo do Estado de São Paulo, em detrimento do PSDB de Geraldo Alckmin. "O apoio a Dilma contribuiu para a escolha de Skaf", disse o ex-prefeito, ao anunciar oficialmente na tarde desta sexta-feira, 28, que vai caminhar junto com Skaf na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.Kassab disse que ficou honrado com o convite do PSDB, mas que a aliança com o PMDB de Paulo Skaf, divulgada mais cedo com exclusividade pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, representa a melhor expectativa para o seu partido. "Skaf representa a terceira via e a renovação no Estado de São Paulo." O ex-prefeito da capital agradeceu, na coletiva em que anunciou oficialmente a decisão do PSD, o convite que recebeu de tucanos e petistas. E informou que já havia comunicado a decisão aos dirigentes das duas siglas."Além dos convites dos partidos, avaliamos também a possibilidade de candidatura própria. Mas avaliamos que o apoio a Skaf representa melhor os nossos objetivos", disse Kassab. Ele disse que o presidente licenciado da Fiesp terá liberdade para compor sua chapa da melhor maneira possível. "Eu já falei para o Skaf que não disputarei estas eleições, caminharei ao seu lado, mas meu nome não está à disposição." Em entrevista, Skaf disse que já oficializou o convite ao ex-presidente do BC Henrique Meirelles para compor sua chapa majoritária na disputa ao Senado Federal.Ao falar que o apoio do PSD à campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) teve peso na decisão de se aliar ao peemedebista Skaf em São Paulo, Gilberto Kassab destacou que sua legenda foi a primeira a declarar apoio a ela na corrida ao Palácio do Planalto. "Apoiamos a presidente de maneira incondicional e se ela vencer (este pleito), vamos participar de seu (segundo) governo. Vamos governar juntos", frisou.Indagado se a decisão de fechar aliança com Skaf teve também a influência de sua amizade com o ex-governador José Serra (PSDB), cotado para integrar a chapa majoritária de Geraldo Alckmin nessas eleições, na vaga ao Senado Federal, Kassab disse apenas que "Serra é um grande amigo particular", que ficou "honrado com o convite dos tucanos", mas que o PSD entendeu que estaria melhor representado com o apoio ao PMDB em São Paulo. O PSD realiza sua convenção estadual em São Paulo na próxima segunda-feira, 30, quando deverá ratificar a aliança com o PMDB de Paulo Skaf na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. ReforçoNesta sexta, o presidente do PMDB de São Paulo, Baleia Rossi, disse que o apoio do PSD à candidatura de Skaf ao governo paulista e a possível candidatura do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles ao Senado pela coligação "reforçam muito a candidatura do Skaf e garantem o segundo turno" no Estado. "A ideia é ganhar a eleição", disse Rossi. O presidente do PMDB paulista admitiu a surpresa com a decisão do PSD e do ex-prefeito Gilberto Kassab, em apoiar o partido. "Foi uma excelente notícia. Tudo que estávamos esperando era ampliar a aliança, principalmente com alguém que tem experiência política enorme e um partido estruturado em São Paulo", concluiu.

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