Apesar de condenado, Belo mantém agenda de shows

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Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar de ter sido condenado a seis anos de prisão por associação para o tráfico de drogas, o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, mantém sua agenda de shows e já tem até férias programadas para depois do carnaval. Nesta quinta-feira, sua presença está confirmada na inauguração da casa de shows Kokeluche, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio. Os advogados do pagodeiro só esperam a publicação da sentença para recorrer da decisão. Mil e quinhentas pessoas já compraram ingressos para assistir à apresentação de Belo nesta quinta, marcada para a meia-noite. A casa de shows tem capacidade para seis mil. Gustavo Nascimento, um dos sócios, acha que a condenação de Belo foi boa para atrair as atenções para o estabelecimento. ?Estamos tendo muita mídia?, comemorou. A apresentação que o pagodeiro faria nesta quarta-feira à noite na Viashow, na rodovia Presidente Dutra, que liga o Rio a São Paulo, foi cancelada ?para não dividir o público?, segundo informou o assessor de Belo Alfredo Santana. O resto da agenda será mantido normalmente, ainda segundo Santana. Há shows marcados nos Estados de Bahia, Rondônia, Roraima, Pará e São Paulo até o dia 15 de fevereiro. Os planos de férias depois do carnaval estão mantidos, ainda de acordo com assessores. O pagodeiro terá de cumprir sua pena em regime fechado, mas poderá aguardar em liberdade o julgamento de recursos contra a decisão, que saiu no dia 30 de dezembro. Ele terá de se apresentar à Justiça para ouvir a sentença da juíza Rute Viana Lins, da 34ª Vara Criminal, no próximo dia 15. Belo passou a manhã desta quarta-feira na casa onde mora, no condomínio Maramar, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. À tarde, ele saiu de carro com a namorada, a modelo Viviane Araújo. Não falou com os jornalistas. De acordo com Alfredo Santana, o cantor está mais tranqüilo do que quando foi preso ? ele ficou 37 dias na carceragem da Delegacia Anti-Sequestro, até conseguir um habeas-corpus, concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). ?A vida segue normalmente?, disse o assessor. No ano passado, a polícia fluminense divulgou uma gravação de ligações telefônicas do pagodeiro em que ele é acusado de manter relacionamento com traficantes da Favela do Jacarezinho, na zona norte. Numa das conversas, uma pessoa identificada como o traficante Valdir Ferreira, o Vado, pede R$ 11 mil supostamente ao cantor para a compra de ?tecido fino?, que, segundo a polícia, seria cocaína. De acordo com a acusação, Belo concorda e pede em troca um ?tênis AR?, que, para a polícia, seria um fuzil AR-15. O cantor foi indiciado, processado e preso em 5 de junho, sob a acusação de associação para o tráfico de entorpecentes e porte ilegal de armas. Os advogados dele vão alegar no recurso que não há provas de que Belo tenha recebido armas. O Ministério Público também vai recorrer, por ter achado a pena muito pequena. O processo corre em segredo de Justiça.

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