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PSDB estará unido para vencer eleição em São Paulo, diz Doria

Prévias tucanas ocorrem nos dias 18 e 25, como defendeu o prefeito; ele não admitiu ser pré-candidato

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Por Daniel Weterman
Atualização:

SÃO PAULO - Aclamado por um grupo de militantes como candidato a governador de São Paulo, o prefeito da capital paulista, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 5, que o PSDB estará "unido" para vencer a eleição estadual e garantir votos para eleger Geraldo Alckmin como presidente da República.

A posição de Doria foi seguida por 70 integrantes do diretório, enquanto 34 votaram para o adiamento das prévias proposto por Aníbal, Pesaro e d'Ávila Foto: PSDB Estadual (@PSDB_SP)/Twitter

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Em uma reunião do diretório estadual do partido marcada pela divergência em torno da data das prévias, Doria não admitiu ser pré-candidato, mas disse que o PSDB estará unido em torno de um nome para vencer a eleição. 

"É com esta energia que vocês têm aqui que nós juntos vamos ganhar a eleição em São Paulo e vamos fazer o futuro governador do Estado e o futuro presidente da República do Brasil com Geraldo Alckmin", disse Doria, que subiu em uma mesa para discursar.

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Um grupo de parlamentares do PSDB vai inscrever o nome de Doria nas primárias tucanas, como antecipou o Broadcast Político. O presidente da Assembleia Legislativa, Cauê Macris, afirmou à reportagem que o grupo vai apresentar o nome de Doria até o dia 13 de março, data-limite para as inscrições. "Se os outros pré-candidatos não declinarem, vamos para as prévias", disse o parlamentar, que encabeça a coleta de assinaturas entre deputados estaduais, federais e vereadores em apoio ao nome de Doria para a sucessão.

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Doria lembrou sua eleição à Prefeitura de São Paulo em 2016 e disse que o partido "arrasou" o PT do município.

"Não tenham medo de defender a melhor opção do nosso partido (para o governo estadual)", disse, sem declarar que nome será esse.

O prefeito afirmou ainda que o adversário do PSDB não está no partido, mas está fora, conclamando a militância a se unir em torno de uma candidatura.

Durante a reunião do diretório, o prefeito de São Bernardo do Campos, Orlando Morando, próximo a Doria, classificou como "adversário" o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que já se lançou para disputar a sucessão de Geraldo Alckmin.

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Durante a reunião do diretório, enquanto Doria defendia a manutenção das prévias para os dias 18 e 25 de março, outros três pré-candidatos propuseram o adiamento para 25 de março e 2 de abril, defendendo mais tempo para debates.

"Que história é esta de não ter debate?", questionou o ex-senador José Aníbal, que apresentou a proposta de adiamento com o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e com o cientista político Luiz Felipe d'Ávila, que também colocaram seus nomes para a disputa. Os três defenderam ainda a realização de cinco debates entre os postulantes à vaga.

Em determinado momento de seu discurso, antes da decisão, Aníbal mandou um militante divergente sobre as datas das prévias "calar a boca" e o chamou de "moleque". A resposta veio na fala de Doria, após a deliberação, em cima da mesa.

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"Isso (a vitória) não se conquista com ódio, com cara feia, com palavrões, atrás dos muros, não se conquista com 'cala a boca', debaixo da mesa, em conchavos, se conquista no voto", declarou o prefeito, puxando um coro em seguida: "É no voto! É no voto!".

O prefeito classificou a decisão do diretório como uma vitória dos militantes, e não uma conquista pessoal. "Não há vencidos nem vitoriosos."

A posição de Doria foi seguida por 70 integrantes do diretório, enquanto 34 votaram para o adiamento das prévias proposto por Aníbal, Pesaro e d'Ávila. Houve uma abstenção.