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Ao lado de Serra, Aécio é chamado de presidente

Por Raquel Massote
Atualização:

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), reafirmou hoje, ao final de solenidade de inauguração da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, que não cogita mais uma candidatura à Presidência da República em 2010. "O momento de uma eventual candidatura minha ao posto passou. Não será desta vez", frisou. Ainda assim, em alguns momentos, a plateia gritava "Aécio Presidente". O governador do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB) também participou do evento, mas preferiu não dar declarações à imprensa.Aécio reiterou que não trabalha com a hipótese de vir a compor uma chapa puro-sangue com o governador José Serra (PSDB-SP) à sucessão no Palácio do Planalto. O mineiro disse que o PSDB já tem um nome colocado para a vaga, mesmo que não oficialmente, que seria o do correligionário paulista. "Quando ele assumir candidatura, eu serei o primeiro a ficar ao seu lado. O meu papel é como candidato em Minas Gerais, possivelmente ao Senado", assegurou.De acordo com Aécio, quem conhece a política mineira já sabe que, a partir do momento em que abriu mão de uma candidatura à presidência, ele não deixou a disputa para retomá-la mais à frente. "Acredito que Serra tem todas as condições de empreender um debate propositivo ao País e, com sua história, chegar à vitória", afirmou.Questionado como vinha enfrentando as pressões para se lançar candidato em uma dobradinha com o governador paulista, Aécio disse que homem público que não resiste a pressões não merece fazer política. "Enquanto essas convicções não se alterarem, seguirei o meu próprio rumo", disse. "Se for convencido do contrário, isso pode ser avaliado", acrescentou.O governador mineiro ressaltou, contudo, que até o momento está convencido de que a maior forma de ajudar o PSDB é estar em Minas como candidato ao Senado. De acordo com o tucano, é importante que haja uma continuidade de seu governo no Estado.SolenidadePara a solenidade de hoje, foram enviados mais de 3 mil convites. Participaram da celebração governadores, parlamentares e o ex-presidente Itamar Franco. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não compareceu.A cerimônia lembrou a trajetória política do ex-presidente Tancredo Neves, a luta pelas eleições diretas no País e fez uma homenagem ao ex-presidente Juscelino Kubitschek. A mestre de cerimônia foi a atriz Cristiane Torloni. E, como não poderia faltar, cantora Fafá de Belém cantou o Hino Nacional. Houve também a participação do cantor Milton Nascimento, que fez menção à trajetória de Tancredo com a música "Coração de Estudante". No encerramento, o artista mineiro cantou a canção "Para Lennon e McCartney".

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