Ao lado de Dilma, Campos diz que ambos sabem separar interesse público de disputa política

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Por Redação
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O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que deve enfrentar a presidente Dilma Rousseff na eleição do ano que vem, afirmou nesta terça-feira que ambos sabem separar o interesse público e a disputa política, no primeiro encontro em solo pernambucano dos antigos aliados depois do desembarque do PSB do governo. "Temos consciência de que para alguns este poderia ser um momento diferente do que está sendo. Poderia ser entendido como um encontro entre quadros políticos que amanhã poderão viver legitimamente uma disputa democrática", disse Campos. "Mas não. Esse é um encontro entre uma presidenta eleita democraticamente pelo povo brasileiro e um governador eleito pelo seu povo, que sabem o tamanho da institucionalidade, que sabem o dever que têm pelo Brasil e que sabem separar o interesse público e o interesse pela disputa política", acrescentou. O presidente do PSB, que selou uma aliança com a ex-senadora Marina Silva para as eleições de 2014, afirmou ainda que essa deve ser a última vez que recebe a presidente na condição de governador. Para concorrer à Presidência, Campos deve respeitar o prazo de desincompatibilização e deixar o cargo seis meses antes da eleição de outubro. Campos ressaltou ainda o respeito pela presidente. "Sempre fiz esse registro de público e faço questão de reiterá-lo nessas circunstâncias", disse ele, durante a cerimônia de entrega da plataforma de petróleo P-62, da Petrobras, construída em estaleiro no município de Ipojuca. Dilma, por sua vez, agradeceu no início de seu discurso a "recepção fraterna" e o alto nível das relações que sempre pautaram a convivência de ambos. Dilma aproveitou o evento para anunciar investimento de cerca de R$2,9 bilhões em mobilidade urbana no Estado. Essa foi a primeira visita da presidente a Pernambuco desde o anúncio da aliança de Campos com Marina, no início de outubro, como uma alternativa ao PT, de Dilma. Marina, que disputou as eleições presidenciais em 2010, filiou-se ao PSB depois de não conseguir registrar o seu partido, a Rede Sustentabilidade. Em setembro, a Executiva Nacional do PSB, aliado histórico do PT, anunciou oficialmente a decisão de deixar o governo federal e entregar os cargos que ocupava "em face da possibilidade de, legitimamente, poder apresentar candidatura à Presidência em 2014". (Por Felipe Pontes, no Rio de Janeiro)

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