Ao julgar caso Dantas, relator discorda de prisão de banqueiro

Eros Grau, ministro do STF, segue decisão do presidente da Corte, Gilmar Mendes, que mandou soltar Dantas

PUBLICIDADE

Por Mariângela Gallucci e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga na tarde desta quinta-feira, 6, uma ação que definirá se o banqueiro Daniel Dantas deve voltar para a cadeia ou se ele pode ficar solto. Dantas foi preso em julho e libertado dias depois por ordem do presidente do STF, Gilmar Mendes. A expectativa é de que o STF confirme que Dantas deve ficar solto. O relator do caso no STF, ministro Eros Grau, votou confirmando a decisão tomada em julho por Gilmar Mendes. Para Eros Grau, não havia motivos para prender Dantas.   Veja Também: PF vasculha apartamentos de Protógenes Especial explica a Operação Satiagraha  Multimídia: As prisões de Daniel Dantas  Daniel Dantas, pivô da maior disputa societária do Brasil   O ministro fez uma série de críticas às autoridades que atuaram no caso em São Paulo e disse que na democracia o juiz deve julgar, a polícia deve investigar e o Ministério Público, acusar. Eros Grau fez críticas diretas ao juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, responsável pelo decreto de prisão do banqueiro, segundo informações da Agência Brasil. De acordo com o ministro, as informações prestadas pelo juiz ao STF foram "evasivas" e ele ainda demonstrou desconhecimento do nome de ministros da Corte, o que Eros Grau considerou " inadmissível".   Segundo Grau, o juiz não pode exercer os três papéis. Os advogados de Dantas e da irmã do banqueiro falaram durante o julgamento e criticaram duramente o juiz e os policiais e integrantes do Ministério Público que atuaram no caso. Nélio Machado, que defende o banqueiro, fez questão de ressaltar que jornalistas obtiveram informações antecipadas sobre as investigações, o que não foi permitido à defesa, segundo ele.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.