Ao contrário de declaração de Levy, Dilma não comentou sobre meta em entrevista a rádios

Em entrevista a jornalistas no último dia da reunião de ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países integrantes do G-20, em Ancara, o ministro da Fazenda reafirmou a meta de superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano

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BRASÍLIA – Ao contrário do que foi dito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, hoje (5), em Ancara (Turquia), a presidente Dilma Rousseff não confirmou a meta de superávit primário do setor público consolidado de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) na entrevista concedida ontem (4) para emissoras de rádio da Paraíba. Dilma sequer citou o assunto e citou apenas o déficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões estimado para 2016 além da necessidade de conseguir receitas para evitar o rombo.

“Nós não queremos ficar com déficit, nós podemos perfeitamente discutir como conseguir as receitas necessárias para não ter déficit”, disse a presidente na ocasião.

Ao contrário do que foi dito pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, a presidente Dilma Rousseff não confirmou a meta de superávit primário do setor público Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

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Em entrevista a jornalistas no último dia da reunião de ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais dos países integrantes do G-20 na capital turca, Levy reafirmou a meta de superávit primário de 0,7% do PIB para o próximo ano e emendou: “no rádio da Paraíba, a presidente Dilma Rousseff confirmou a meta de 0,7% do PIB para o superávit primário em 2016”. 

Depois da crise em torno da divergência da equipe econômica esta semana, Levy cobrou de Dilma uma revisão da proposta de Orçamento para garantir, além do fim do rombo financeiro, o cumprimento da meta fiscal para 2016. Levy mantém o discurso de que acha indispensável o cumprimento da meta fiscal de 0,7% do PIB em 2016 para impedir a perda do grau de investimento do Brasil, o que na avaliação dele seria um desastre para a economia brasileira.

Em Ancara, Levy reafirmou esse discurso e traçou um cenário tenebroso caso o Brasil seja rebaixado pelas agências de classificação de risco e entre no grupo de países considerados inseguros para os investidores aplicarem seus recursos.

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