Anulado julgamento de garoto morto em ritual de magia negra

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O Tribunal de Justiça do Paraná decidiu nesta quinta-feira, por unanimidade, anular o julgamento que absolveu, em 1998, Celina e Beatriz Abagge, mulher e filha do ex-prefeito de Guaratuba, no litoral, Aldo Abagge, já morto. Elas foram acusadas de terem sido as mandantes da morte do garoto Evandro Ramos Caetano, em abril de 1992, durante um ritual de magia negra. O relator do processo, juiz José Maurício Pinto de Almeida, concluiu que a sentença do júri é "manifestamente contrária à prova dos autos". As mulheres foram inocentadas sob argumento de que não haveria provas de que o corpo encontrado em um terreno baldio do litoral paranaense era de Evandro. Mas, em seu parecer, o relator afirma que os autos trazem laudos de exames odontológicos e de DNA que comprovariam a identidade do cadáver. A decisão não autoriza o restabelecimento da prisão das envolvidas e nem estabelece data para um novo julgamento. Os advogados de defesa poderão recorrer desta decisão. A acusação contra elas foi levantada depois de um depoimento à polícia, que foi gravado, em que elas confessavam que tinham encomendado o crime para ter mais fortuna. Depois, elas alegaram que o depoimento foi tomado à força. Aguardam julgamento, acusados do mesmo crime, Osvaldo Marcineiro, Airton Bardelli dos Santos, Vicente de Paula, Davi dos Santos e Francisco Sérgio Cristofolini.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.