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Anulada licitação de reforma do Planalto

Decisão, cujo motivo não foi revelado, surpreendeu equipe do presidente

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Foto do author Leonencio Nossa
Por Leonencio Nossa e BRASÍLIA
Atualização:

Está difícil para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixar a "favela" do Palácio do Planalto. A comissão de licitação do palácio anulou o processo para contratar a empresa que fará a reforma do prédio, informou ontem o Diário Oficial da União. A anulação do processo de escolha da empresa pegou de surpresa os auxiliares do presidente, que aguardam a mudança provisória para outros prédios de Brasília, como o Centro Cultural Banco do Brasil, o Véu de Noiva (anexo do Itamaraty) e o Palácio do Buriti. Agora, os técnicos do governo correm para elaborar uma nova licitação. O motivo do cancelamento não foi explicado. A reforma do Planalto é uma questão de honra para Lula e sua equipe. Eles estão preocupados, segundo assessores, pois a reforma pode ser vista como um termômetro da situação dos canteiros de obras do governo. É uma espécie de "PAC privado" do presidente, dizem. Em dezembro, numa conversa no Planalto com o arquiteto Oscar Niemeyer, Lula reclamou que o palácio parecia uma "favela", com infiltrações, rachaduras, puxadinhos e fios soltos. O presidente, em junho, orientou assessores a deixarem o prédio até setembro. Dias depois, o governo adiou as obras para dezembro. No começo deste ano, os auxiliares do presidente avaliaram que a mudança poderia ser feita logo após o carnaval. Mesmo que a reforma comece nas duas próximas semanas, como esperam os assessores, dificilmente Lula reabrirá o palácio, como pretendia, em abril de 2010, na festa de 50 anos de Brasília. A estimativa inicial é que a reforma dure 14 meses. A previsão mais otimista, agora, é que a reabertura do prédio ocorra ainda em 2010. Estima-se que mais de 600 pessoas trabalhem nos quatro andares e no subterrâneo do prédio principal, o que inclui funcionários concursados.

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