PUBLICIDADE

Antigas amizades garantem 'aliados ocultos' a Renan

Por AE
Atualização:

Diante dos holofotes, a defesa de Renan Calheiros (PMDB-AL) fica por conta dos senadores peemedebistas Almeida Lima (SE) e Wellington Salgado (MG), mas, à sombra, a aliança de apoio é muito mais sortida. O governador de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB), tem confidenciado a colegas tucanos que, para fazer sua gestão deslanchar, depende da parceria política com Renan. Com esse argumento, espera convencer senadores e governadores do partido a trabalharem pela absolvição do peemedebista. Procurado, Teotônio não falou sobre o assunto porque estava num avião que o levava até Brasília. Outro que integra o grupo de apoio a Renan é o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP). Os laços com Aldo e seu partido estão na gênese política do presidente do Senado. Nos tempos em que seu patrimônio se resumia a um Fusca, Renan era uma das jovens promessas do partido comunista e tinha por Aldo amizade e admiração. Ambos trilharam o caminho do combate à ditadura, ainda que, ao se restabelecer a democracia, Renan seguisse em legendas alienígenas à extrema esquerda, como, por exemplo, o PRN. Os dois também dividiram o poder no Congresso no mesmo período: Renan no Senado e Aldo com a presidência da Câmara. Tanta identidade leva o PC do B a um alinhamento automático com o líder alagoano. O voto do senador Inácio Arruda (PC do B-CE) já é dado como certo. Apesar de suplente no Conselho de Ética, o senador comunista sempre que pode socorre o ex-militante em apuros. A assessoria de Aldo não conseguiu localizá-lo para comentar as razões que o levam a apoiar Renan. Habituado aos terremotos provocados pelos escândalos, o deputado Augusto Farias (PTB-AL), irmão de Paulo César Farias, que era tesoureiro de campanha de Fernando Collor, também foi demonstrar sua solidariedade a Renan. No passado, quando fora acusado pelo próprio Renan de ter conhecimento dos negócios ilegais de PC Farias, Collor vaticinou a frase ?o tempo é o senhor da razão?. Quinze anos depois de seu afastamento da Presidência, Collor resolveu ajudar Renan. Licenciou-se do Senado para permitir que seu suplente, Euclides Mello, vote pela absolvição do presidente da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.