Antes e depois de Curió

MEMÓRIA

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Por Redação
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História conhecida Executados As Forças Armadas podem ter executado 25 presos. O número foi levantado a partir de um cruzamento de relatórios militares já divulgados dos anos 70, 80 e 90, reportagens de jornais e revistas e depoimentos tomados pelo Ministério Público Cabeças cortadas As cabeças de Arildo, Jaime, Adriano e Ribas foram cortadas por mateiros que não entenderam a promessa dos militares de oferecer dinheiro "por cada cabeça" Osvaldão O corpo de Osvaldo Orlando Costa, o Osvaldão, foi enterrado no cemitério de Xambioá. Em 1995, uma expedição do governo fez busca no cemitério, mas não encontrou o corpo do guerrilheiro Amauri O guerrilheiro Paulo Roberto Pereira Márques, o Amauri, tombou no combate que resultou na morte dos integrantes da Comissão Militar da guerrilha, a 25 de dezembro de 1973 Dina Alguns militares disseram que Dina foi morta em combate. No entanto, outros militares relataram ter visto a guerrilheira viva na prisão em Marabá Elmo Relatório da Marinha de 1993 informou que o guerrilheiro Elmo Corrêa foi morto em 14 de maio de 1974, sem dar detalhes Piauhy/Ivo Relatório da Marinha de 1993 diz apenas que o guerrilheiro José de Lima Piauhy Dourado, o Ivo, foi morto em 24 de janeiro de 1973 Outro Piauí Relatório da Marinha de 1993 destacou que o guerrilheiro Antônio de Pádua Costa, o Piauí, foi morto a facão pela guerrilheira Maria Célia Corrêa, a Rosinha. Ela, por sua vez, foi morta a tiros. Moradores contaram, no entanto, que os dois foram presos Fogoió Relatório da Marinha de 1993 diz que o guerrilheiro José Humberto Bronca, o Fogoió, foi morto a 13 de março de 1974, sem dar detalhes Apoios No livro Guerrilha do Araguaia, uma epopeia pela liberdade, o PC do B disse que a guerrilha conseguiu a adesão de "mais de 40" moradores da região. O Ministério Público listou 28 apoios, em 2002 NOVA LISTA Os 16 guerrilheiros incluídos na lista dos executados: Pedro Alexandrino (sem informações anteriores) Jaime Petit (morto em combate) José Maurílio Patrício (sem informações) Paulo Roberto Pereira Marques - Amaury (morto em combate) Luiz Vieira de Almeida - Luizinho (sem informações) Vandick Reidner Coqueiro - João do B (sem informações) Antônio Teodoro de Castro - Raul (sem informações) Custódio Saraiva Neto - Lauro (sem informações) Orlando Momente - Landin (morto em combate) Antonio Guilherme Ribas - Ribas (sem informações) Joaquim de Souza Moura - Joaquinzão (sem informações) Juarez Rodrigues Coelho (sem informações) Rodolfo de Carvalho Troiano - Manuel do A (sem informações) Marcos José de Lima - Ari Armeiro (sem informações) Antônio Monteiro Teixeira - Antônio da Dina (morto em combate) Edite (sem informações) O que diz o arquivo de Curió As Forças Armadas executaram 41 presos, sendo 7 guerrilheiros recrutados na região. São eles: Edite, José Piauhy, Jaime, Marcos José de Lima, Antônio da Dina, Patrício, Amaury, Luiz Vieira, Vandick, Rodolfo, Raul, Lauro, Suely, Dinaelza, Joaquinzão e Juarez. Diz o Relatório dos Prisioneiros: "Arildo Valadão (Ari). (...) Morreu em Nov/73 por um morador da região (...). Teve sua cabeça cortada para fins de reconhecimento". Destaca o manuscrito: "Osvaldo Orlando Costa. Morto por Arlindo Vieira em 07.02.74, com um tiro de 20. Foi sepultado em Xambioá. Exumado em 19.01.75 e levado para a Serra das Andorinhas". Escapou do massacre e se entregou dias depois aos militares. Foi executado. "Capaz de reservar o último projétil de sua arma para si mesmo. No entanto, após ferido, se entregou em janeiro de 1974." O documento do arquivo de Curió confirma a prisão da guerrilheira. "Dinalva Oliveira Teixeira. Presa - 24.06.74", diz o Relatório dos Prisioneiros. Foi envenenado. Diz o texto: "Morreu envenenado por um morador da região que lhe deu comida preparada com Aldrin". Executado na prisão da Casa Azul, em Marabá. " Participou de uma emboscada a uma patrulha. (...) Morreu em 23. 01. 74." Piauí e Rosinha foram executados num terreno às margens da rodovia PA-70. Ressalta o texto: "Antônio de Pádua Costa (Piauí). ?Fugiu? em 05.03.74 em companhia de Maria Célia Correa às margens da antiga PA-70. Curso na China ou em Cuba". Capturado vivo em abril de 1974. "Homem de confiança de Maurício Grabois. Armava rede, fazia guarda. Era uma espécie de secretario. Em abril de 74 foi capturado vivo". Os números são maiores. Mapas, Relatório Anexo da Sucuri e Relatório dos Colaboradores do Inimigo, todos feitos no ano de 1973, destacam que os apoios da guerrilha chegaram a 125.

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