A Associação Nacional de Jornais (ANJ) elogiou a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar a Lei de Imprensa. A entidade, no entanto, defendeu a aprovação de novas regras pelo Congresso para compensar o fim de garantias que estavam expressas na lei. "Foi um julgamento histórico, no qual os ministros apreciaram o princípio da liberdade de imprensa. Ficou claro que ele não pode ser relativizado", declarou Paulo Tonet Camargo, diretor do Comitê de Relações Governamentais da ANJ.
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Para o presidente da ABI, Maurício Azêdo, "foi removida uma herança antidemocrática, deixada pela ditadura militar". Azêdo disse que a lei tinha aspectos inconstitucionais. "É um fato altamente positivo (a revogação) porque a lei continha disposições que atentavam contra a ordem constitucional. Eram aspectos altamente repressivos, que não cabem mais no Estado de Direito."O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, classificou como "fundamental" a defesa da liberdade de expressão, que serviria como "uma antítese necessária para se evitar a volta do autoritarismo". Segundo Britto, a revogação da legislação "coloca o Brasil na melhor trilha democrática e retira do mundo jurídico um dos chamados entulhos autoritários".