Aníbal defende fim da verba indenizatória na Câmara

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Por LUCIANA NUNES LEAL E DENISE MADUEÑO
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Na véspera da reunião da Mesa Diretora que vai discutir a divulgação das notas fiscais que comprovam gastos com a verba indenizatória recebida pelos parlamentares, o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), defendeu o fim do benefício e disse que vai discutir com a bancada uma alternativa. O deputado evitou falar em aumento do salário para compensar o fim da verba de R$ 15 mil por mês. No entanto, reconheceu que não há como simplesmente extinguir a verba sem qualquer compensação. A verba indenizatória divide os partidos. O PSOL é contra o fim do benefício. "Essa proposta vem acompanhada de aumento salarial de deputados. Sou contra o fim da verba e a favor da transparência dos gastos", afirmou o líder do PSOL, Ivan Valente (SP). "Estou provocando a discussão na minha bancada. Vamos avançar. Não vai ficar como está", disse Aníbal. Na reunião de amanhã, a Mesa Diretora vai analisar uma proposta do primeiro-secretário, Rafael Guerra (PSDB-MG), para tornar públicas as prestações de contas dos deputados. O estudo foi provocado pela polêmica gerada depois da suspeita de que o deputado mineiro Edmar Moreira (sem partido) usou irregularmente o dinheiro em gastos com segurança. Como Moreira é empresário do setor, a corregedoria da Câmara vai apurar se houve desvio do recurso para empresas do deputado, de parentes ou sócios. Hoje, a presidência da Câmara encaminhou pedido do PSOL ao corregedor, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), para investigar Moreira.

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