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Angolano tenta provar que não tramou morte de prefeito

Ele é apontado como um dos responsáveis pela morte do prefeito de Campinas, Toninho do PT.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os advogados do angolano José Paulo Figueiredo, conhecido como Vadinho, protocolaram na CPI dos Bingos documento com cópias do passaporte do angolano mostrando que, entre os dias 28 de agosto e 19 de setembro de 2001, Vadinho estava no exterior. Com isso, pretendem provar que o empresário não participou dos três encontros que o garçom Anderson Ângelo Gonçalvez, conhecido como Jack, diz ter presenciado, nas madrugadas entre os dias 3 e 6 de setembro. Segundo Jack, nessas reuniões foi tramado o assassinado do prefeito de Campinas Toninho do PT, ocorrido em 10 de setembro. Em depoimento secreto na CPI, o garçom apontou Vadinho como um dos participantes das reuniões. As cópias do passaporte mostram que nos dias 4 e 5 de setembro Vadinho estava na Tailândia. Jack diz que ouviu as reuniões porque dormia no bingo onde trabalhava e onde os supostos mandantes do crime se encontraram. "Pedimos à CPI que esse gravíssimo erro seja reparado. O garçom deve ter ouvido outra pessoa com sotaque português, mas não nosso cliente. Felizmente o Vadinho encontrou o passaporte de 2001, para provar que a acusação é falsa", disseram os advogados Paulo José Morais e Roberto Delmanto Junior. Segundo os advogados, Vadinho nega qualquer envolvimento com políticos e pessoas ligadas ao PT. Vadinho foi apontado pelo advogado Rogério Buratti como doador, com o sócio Arthur Caio, de R$ 1 milhão de caixa 2 à campanha do presidente Lula em 2002. Buratti foi assessor do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

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