Angkor não é mais um patrimônio da humanidade ameaçado

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Por Agencia Estado
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A antiga cidade de Angkor, no Camboja, salpicada de templos, foi retirada pela Unesco da lista de sítios considerados patrimônio cultural da humanidade e ameaçado de destruição. O órgão reconheceu, hoje, que os esforços para salvá-la dos vândalos, das minas terrestres e do desenvolvimento econômico da região foram bem sucedidos. Capital dos reis hindus, que governaram por séculos o Sudeste Asiáticos, Angkor floresceu entre os séculos 9 e 14. Seus templos de pedra incluem o ícone cultural do Camboja, o Angkor Wat, que aparece na bandeira nacional. Os historiadores acreditam que a cidade foi saqueada por invasores siameses em 1431, embora pesquisas recentes apontem para um abandono anterior, atribuído a um colapso ecológico e de infra-estrutura. Ela ficou esquecida, coberta pela selva, até que um explorador francês deu de cara com as ruínas há 141 anos. Angkor foi colocada na lista em 1992, ameaçada por minas, novas construções e caçadores de troféus, que arrancavam a cabeça das esculturas. Junto com a Unesco e outros parceiros internacionais, a cidade recebeu segurança e alguns danos foram reparados, diz a Agência Nova China. Os delegados que participam da conferência World Heritage, na cidade de Suzhou, no leste da China, também excluíram da categoria de ameaçados, o Forte Bahla, em Omã, e o Parque Nacional das Montanhas Rwenzori, em Uganda, segundo declararam numa nota colocada no Web site da conferência. A decisão ainda deixa 33 sítios na lista dos em perigo, apenas uma fração dos 788 inscritos na lista de Patrimônios da Humanidade do órgão da ONU para a educação, ciência e cultura. Bahla foi colocado na lista dos ameaçados em 1988, diante da preocupação de que novas construções pudessem atingir sua integridade. Mas Omã aperfeiçoou a administração da fortificação rochosa e parou de usar materiais e técnicas modernas de construção à sua volta. Rwenzori, lar dos gorilas da montanha e rico em fauna e lfora, foi colocado na lista em 1999, devido à falta de recursos e segurança. Desde então, as autoridades de Uganda retomaram o controle do parque da mão de guerrilheiros rebeldes e reinstituiu uma gerência efetiva.

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