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Analista diz que procurava homônimo de Eduardo Jorge

Por AE
Atualização:

O analista tributário Gilberto Souza Amarante, suspeito de violar o sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, classificou como um engano o acesso aos dados do dirigente tucano. Em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje no município de Formiga, no interior de Minas Gerais, Amarante justificou o erro afirmando haver diversos homônimos com o nome Eduardo Jorge, e que o objetivo seria acessar os dados de outro contribuinte."O acesso foi feito durante o horário de expediente, no atendimento. Há vários casos de homônimos com esse nome, Eduardo Jorge. A nossa base é nacional", disse. O analista, que trabalha para Receita Federal em Formiga, usou como prova de suas intenções o fato de o acesso ter durado menos de um minuto. "O que é factível é que houve um homônimo e esse acesso durou apenas 41 segundos, conforme relatório a que vocês tiveram acesso", justificou.Amarante procurou desmentir a versão de que foram feitos dez acessos aos dados de Eduardo Jorge. Na versão do analista, apenas o acesso de 41 segundos chegou a ser feito. Segundo ele, os dez registros identificados pelo relatório do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) identificam as mudanças de páginas feitas em um único acesso. "É bom que fique claro. Não foram dez acessos, e sim um acesso só de 41 segundos."O analista, que é filiado ao PT de Arcos, cidade do interior de Minas Gerais, esquivou-se das suspeitas de que teria intenções políticas argumentando ter tido acesso apenas a dados cadastrais de Eduardo Jorge. "Foi acessado uma base cadastral. Não foi acessado nenhum tipo de dado fiscal", afirmou. O cadastro traria apenas informações como o nome e o telefone do contribuinte.Segundo Amarante, o acesso aos dados cadastrais tinha o objetivo de identificar se o dono do cadastro era a pessoa pela qual o analista estava procurando. "Há 17 anos eu faço este tipo de acesso dezenas de vezes por dia", contou.

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