Ações humanitárias têm sentido em tudo o que é lugar, menos na política partidária. Esta é feita de outra forma, visando ao crescimento do partido e ao estreitamento de laços com o eleitor.
Por isso mesmo é que, ao defender a renúncia de Aécio Neves (MG) da presidência do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) está fazendo um gesto político para que a legenda se livre de amarras que possam atrapalhar seus projetos partidários.
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Se o PSDB pensa mesmo em disputar a sucessão do presidente Michel Temer com o objetivo de voltar ao poder, o partido não pode ficar pensando em aliviar a barra de Aécio Neves. Ele conseguiu reaver os direitos parlamentares de volta, mas não fez as pazes com o eleitor.
Sempre o presidente de um partido é também o coordenador da campanha do candidato à Presidência. Como é que o PSDB se apresentará para o eleitor tendo Aécio Neves à frente da coordenação do programa de governo e da própria candidatura tucana? É fazer isso e perder.
Agora que a candidatura do governador Geraldo Alckmin se consolida de fato no PSDB, o partido tem de esquecer essa história de passar a mão na cabeça de Aécio Neves. Precisa é concentrar suas forças em torno da construção de um projeto de governo para Alckmin.
Aécio teve sua vez à frente do PSDB e como candidato à Presidência da República. Jogou todas as oportunidades fora ao se envolver com o empresário Joesley Batista. Tornou-se um peso morto para o PSDB.