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Análise: ‘Gabinete do ódio’ preocupa cúpula do Parlamento

Crítica de Rodrigo Maia a 'fake news' distribuídas pelo Planalto mira grupo ideológico do governo

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Por Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA – A crítica do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao entorno do governo tem endereço certo: o “ gabinete do ódio” instalado no Palácio do Planalto, com mensagens replicadas por redes sociais bolsonaristas. 

Trata-se de um “bunker ideológico”, sob a supervisão do vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, que adota um estilo beligerante nas mídias digitais. Seus alvos preferidos são o Congresso – com artilharia pesada direcionada para Maia –, os militares, a imprensa e o Judiciário. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Foto: Helvio Romero/Estadão

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Os ataques aumentaram com a convocação das manifestações do dia 15. Maia tem demonstrado preocupação com a escalada autoritária no País em conversa com vários interlocutores, de políticos a empresários, passando por magistrados. Um deles é o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. A portas fechadas, o deputado avalia que é importante uma reação mais forte de Toffoli diante da crise. 

O desfecho da CPI das Fake News também pode se virar contra Bolsonaro. Com esse diagnóstico, o presidente decidiu lançar uma “vacina” nas transmissões que faz ao vivo pela internet. 

Em muitas dessas ocasiões, ele diz que não é fácil governar e joga a culpa no Congresso. Às vésperas dos atos do dia 15, seguidores de Bolsonaro compartilham trechos dessas “lives” com a imagem de Maia em um canto, ladeada pelos dizeres “Agradeçam a esse Filho da P...!”

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