31 de dezembro de 2010 | 11h21
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje que não há razão para o Brasil se preocupar com as relações com o governo italiano, depois da decisão de não conceder extradição ao ex-ativista Cesare Battisti. "O Brasil tomou uma decisão soberana, dentro dos termos previstos do tratado e as razões estão explicitadas no parecer da AGU (Advocacia Geral da União)", disse Amorim.
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Em nota, o governo brasileiro afirma que "considerou atentamente" todas as cláusulas do Tratado de Extradição entre o Brasil e a Itália e manifesta "estranheza" com as declarações da presidência do Conselho de Ministros da Itália, de que negar a extradição seria "incompreensível e inaceitável" e que o presidente brasileiro teria que explicar a decisão às famílias das vítimas de Battisti.
"O governo brasileiro manifesta sua profunda estranheza com os termos da nota da Presidência do Conselho dos Ministros da Itália, de 30 de dezembro de 2010, em particular com a impertinente referência pessoal ao Presidente da República", afirma o texto.
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