Amorim: Brasil quer que EUA olhe AL sob 'ótica' de Lula

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Por Denise Chrispim Marin
Atualização:

O Brasil pretende convencer os Estados Unidos a olhar a América Latina com a "ótica certa" - coincidentemente, a linha de "compreensão" e de generosidade adotada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva na relação com a vizinhança sul-americana. Conforme indicou hoje o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, esse será o tom que Lula deverá adotar ao abordar os imbróglios da região com o presidente norte-americano, Barack Obama, no sábado, em Washington. No plano bilateral, o chanceler acredita que a maior aproximação entre EUA e Brasil será facilitada pela "afinidade intelectual" entre os dois líderes. "Não é tanto a questão de fazer com que o presidente Obama olhe para cá (América Latina), porque creio que ele fará isso espontaneamente. É, com modéstia e humildade, ajudar que olhe para cá com a ótica certa", afirmou Amorim. "A ótica certa tem de levar em conta os processos de mudança que ocorrem na América Latina e no Caribe de formas diversas, de país para país." Segundo o ministro, a agenda aberta dos dois presidentes permitirá que a questão da reaproximação entre Cuba e EUA seja exposta a Obama por Lula, mesmo sem o pedido de Havana. Essa disposição está embasada no interesse já expresso por Washington em flexibilizar sua relação com o governo cubano. No caso da Venezuela, o presidente brasileiro recebeu de seu colega Hugo Chávez a missão de apresentar a Obama sua intenção de distender as relações.

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