
16 de agosto de 2015 | 12h25
BRASÍLIA - Comerciantes que se aglomeram logo na entrada da Esplanada dos Ministérios, vendendo bandeiras do Brasil, camisetas, chapéus e até "paus de selfie", já se preparam para amargar prejuízo na manifestação deste domingo.
O casal Juvenal e Francisca de Sousa levou para o protesto 150 das 800 bandeiras que compraram pra vender na Copa do Mundo, mas acha que ficará com o estoque encalhado. As bandeirinhas custam R$ 5 cada. Eles chegaram cedo ao local, mas até o final da manhã haviam vendido apenas três. Já os "paus de selfie", a R$ 40, não tiveram nenhuma saída até o momento.
"Está ruim o movimento. O povo está sem dinheiro. Lula e Dilma roubaram tudo e botaram na panelinha deles", protestou Juvenal.
O ambulante Fávero Lúcio também se queixa das vendas fracas. Em março, na primeira manifestação do ano contrária ao governo, ele disse ter conseguido faturar R$ 890. No segundo protesto, o faturamento caiu a menos da metade e hoje, até o fim da manhã, tinha recebido apenas R$ 170 na venda de bandeiras e bonés do Brasil.
"A Dilma deveria instituir o evento uma vez por mês: o 'Domingão na Esplanada'. Isso aqui não é protesto, é encontro cultural", brincou.
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