Amazonino se magoou com Fernando Henrique

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário-geral da Presidência, Arthur Virgílio, reagiu nesta quinta-feira às declarações do governador do Amazonas, Amazonino Mendes, que se queixou de o presidente Fernando Henrique Cardoso não lhe ter comunicado que passará os feriados de carnaval na reserva Mamirauá, no Estado. ?É a viagem de um homem estafado, que está precisando que está precisando ver coisas belas e de muito descanso?, rebateu Arthur Virgílio, acrescentando que esta é uma viagem ?particular e informal? do presidente e sua família. Amazonino teria considerado ?descortesia? não ter sido informado da viagem e teria lembrado que Fernando Henrique vai visitar um Estado que investiu muito em educação e saúde e não enfrenta problemas na área de segurança pública, além de não possuir déficit fiscal. O ministro Arthur Virgílio disse o cerimonial da Presidência estava enviando um telegrama ao governador para informá-lo da viagem e que não o fez antes porque o presidente não queria nada de oficial, já que se trata de uma viagem de caráter privado, dele e de sua família. O ministro alertou ainda que apesar da queixa, a viagem será benéfica para o Estado do Amazonas porque o presidente vai ajudar a divulgar, por intermédio da mídia nacional, que a experiência de desenvolvimento sustentado pode dar certo, e que o turismo ecológico é uma alternativa para a região. Fernando Henrique, seus filhos e netos ficarão durante os quatro dias de feriado de carnaval em um barco da Marinha que estará ancorado na reserva ecológica do CNPq - Conselho Nacional de Pesquisa, em Mamirauá, a uma hora e meia de barco de Tefé, no Estado do Amazonas. Arthur Virgílio declarou ainda que preferia que o governador brigasse com o prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento, ou sozinho, ou ao lado dele, contra os problemas que o povo do Estado enfrenta. O ministro anunciou ainda a escolha de Marcos Barros para a presidência do INPA ? Instituto de Pesquisa da Amazônia. Segundo Arthur Virgílio, a nomeação de Barros, que é do PT, mostra que a escolha dele está acima de partidos e que os planos do professor são coerentes. Segundo Virgílio, Fernando Henrique pediu também a Barros que o compromisso dele fosse com a ciência.

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