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Alvo indireto de ameaça, Ayres Britto evita polêmica

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Por Felipe Recondo
Atualização:

Alvo indireto de ameaça de grampo, o ministro Carlos Ayres Britto preferiu agir para baixar a tensão entre o Executivo e o Judiciário. "Não há nenhuma animosidade entre o Ministério da Justiça e o Supremo Tribunal Federal (STF). As instituições estão maduras", disse. Na origem do caso está um recado que o consultor jurídico do Ministério da Justiça, Rafael Thomaz Favetti, teria enviado a assessores do gabinete do ministro. No calor de uma discussão sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, Favetti teria dito que eles poderiam acabar grampeados. Egresso do STF, onde trabalhou por quase vinte anos, Favetti assessorou o ex-presidente do tribunal e ministro aposentado Sepúlveda Pertence, hoje membro da Comissão de Ética Pública do governo. O presidente do STF, Gilmar Mendes, aguarda uma confirmação de Ayres Britto sobre a intimidação para acionar o Ministério Público. "Isso é administrável", disse Ayres Britto. O ministro da Justiça, Tarso Genro, tentou reduzir a importância do episódio, alegando que, se Favetti fez algum comentário, foi em caráter pessoal e pode ter sido em tom de brincadeira, pela amizade com os colegas com os quais teve longa conivência no STF. "De qualquer modo, não reflete o pensamento do ministro ou desse ministério", afirmou.

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