24 de maio de 2016 | 15h27
BRASÍLIA - Com receio da ampliação dos desgastes para o governo, o presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sondaram o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) sobre a possibilidade de ele deixar o cargo, em razão de possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato.
Segundo interlocutores, a conversa teria ocorreu na segunda-feira, 23, mesmo dia em que o então ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi afastado do cargo após o surgimento de gravações realizadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. No áudio, revelado pelo jornal Folha de S. Paulo, Jucá diz ao ex-dirigente que é preciso "mudar o governo (Dilma Rousseff) para poder estancar essa sangria", numa referência às investigações da Lava Jato.
Ao ser abordado por Temer e Padilha, Henrique Alves minimizou as citações feitas contra ele nas investigações e ressaltou que não era réu e por isso gostaria de ficar no cargo. O ministro, que ocupou a mesma cadeira no governo Dilma, teve a casa vasculhada pela Polícia Federal em dezembro do ano passado em uma das fases da Lava Jato, batizada de Catilinárias.
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