Alves espera que votação final de meta fiscal dure 30 minutos

Presidente da Câmara aposta em discussão rápida na próxima semana para aprovar destaque de projeto de lei que ficou pendente; última sessão durou quase 19 horas

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Por Dayanne Sousa e Igor Gadelha
Atualização:

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que espera que a votação do projeto de lei que flexibiliza a meta do superávit primário possa ser concluída rapidamente na próxima terça-feira, 9. Ele falou a jornalistas em São Paulo durante evento do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) e afirmou que espera que a votação da emenda ainda pendente não dure mais que 30 minutos.

"Para este único destaque que falta esperamos que a votação dure apenas meia hora", comentou. Alves disse ainda que deve ser mantida a íntegra do texto original do relator, o senador Romero Jucá (PMDB-PR).

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O presidente da Câmara considerou que o longo processo de debates no Congresso representa a "valorização do Poder Legislativo". Ontem, após mais de 18 horas de sessão, os aliados conseguiram vencer a grande maioria das manobras regimentais movida pelos oposicionistas e deixaram a proposta perto de ser definitivamente chancelada.

Questionado, Alves não quis comentar sobre se as várias tentativas frustradas de votação do projeto sinalizariam dificuldades na articulação do governo com o Congresso. "Foi uma luta honrosa da oposição, mas a base conseguiu se unir para aprovar um projeto importante para o País", declarou.

Alves, que viajou a São Paulo logo depois da votação, que começou ontem e terminou por volta das 5h, falou ainda a um público de empresários do varejo que o Congresso precisa entender mais o setor. Ele declarou que espera propor a criação de uma Comissão Geral na Câmara para temas relacionados ao comércio e à produtividade do setor. Durante o evento, varejistas cobraram simplificação tributária e flexibilização de regras trabalhistas.

Alves ainda foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de assumir um ministério no novo governo da presidente Dilma Rousseff. O presidente da Câmara não respondeu à pergunta e se despediu rindo. Ele é cotado para assumir a pasta da Integração Nacional ou a da Previdência Social no lugar de Garibaldi Alves, primo dele, que retomará seu mandato como senador.

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