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Aluguel e vale-transporte explicam aumento de gastos, diz governo paulista

Casa Civil justifica elevação de 16% das despesas com passagens e locomoção no primeiro bimestre do ano, revelada pelo 'Estado, e afirma que custos estão 'perfeitamente sob controle'

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Por Redação
Atualização:

O custeio de aluguel de automóveis e a elevação em 40% nos gastos com vale-transporte foram apontados pelo governo de São Paulo como as principais causas para o aumento de 16% nas despesas com passagens e locomoção no primeiro bimestre do ano em comparação com o mesmo período de 2010 nas secretarias estaduais. Os custos com aluguéis quase dobraram em relação ao ano passado, segundo o governo.

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Os dados foram informados pelo secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, após o governador Geraldo Alckmin pedir explicações sobre os aumentos a todas as secretarias. O Estado publicou reportagem na segunda-feira, 7, sobre o aumento de gastos.

Segundo o secretário, os gastos da máquina estadual “estão perfeitamente sob controle”. “Aquilo que verificamos são perfeitamente justificáveis e o governo estará atento para reduzir gastos”, afirmou. Beraldo informou que as despesas com aluguel de carros subiu de R$ 2,827 milhões no primeiro bimestre de 2010 para R$ 4,138 milhões nesse início de ano. O aumento, afirma, é justificado pela terceirização da frota da Fundação Casa e de outros órgãos de governo.

De acordo com nota enviada ao Estado pela Casa Civil, o aumento nos gastos com locação de automóveis “não deve ser analisado isoladamente” por resultar “em economia de custos para a administração pública”. Apesar de questionada pelo Estado, a secretaria não detalhou quais seriam essas economias e em que setores.

“Além da diminuição da frota oficial, houve alteração em contratos de locação que permitiu que o veículo fosse dirigido por um funcionário próprio, dispensada a contratação de motorista. Essa medida resultou na redução de gastos no item ‘outras despesas com transportes’”, afirma a secretaria em nota.

Com relação aos gastos com vale-transporte, Sidney Beraldo apontou aumento de R$ 9,8 milhões em 2010 para R$ 13,8 milhões em 2011. “O servidor tem um teto para onerar seu salário com custo de passagem, que é 6%. O que ultrapassar isso o Estado tem de subsidiar. O pagamento é obrigatório, em cumprimento à lei”, afirmou.

Na nota enviada ao Estado, o governo afirma que “não há qualquer contradição entre os gastos e a orientação do governador de contenção das despesas correntes”. “Na verdade, as variações apontadas pelo jornal são perfeitamente compatíveis com a boa gestão e as ações em áreas prioritárias do governo, como segurança e educação”, afirma o texto.

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