Aloysio Nunes Ferreira aprova atitude de Santoro

Por Agencia Estado
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O deputado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ex-ministro da Justiça, considerou "normal" a atitude do subprocurador-geral da República, José Roberto Santoro, de se reunir com o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de madrugada, para tentar obter a fita em que aparece o ex-assesor da Presidência da República Waldomiro Diniz pedindo propina e contribuições para a campanha eleitoral. "Pela minha leitura, o fato mostra um procurador empenhado em apurar as responsabilidades do ex-assessor Waldomiro Diniz para legitimar uma prova", disse Aloysio. "Se ele estava dentro dos padrões de conduta profissional, eu não posso julgar. Cabe à Corregedoria do órgão (Ministério Público) apurar. Mas, pelo que vi, parece a ação de um procurador querendo levar adiante um inquérito com rigor". Episódio "não acrescenta fatos novos?, diz Goldman Para o deputado Alberto Goldman (PSDB-SP), o episódio da fita "não acrescenta fatos novos ao caso Waldomiro Diniz". Segundo Goldman, trata-se apenas de uma discussão sobre o procedimento investigatório do Ministéro Público Federal. "Se esse procedimento é válido ou não, é um problema interno do Ministério Público", avaliou. Embora, a seu ver, num primeiro momento, se a fita tivesse sido explorada como se fosse "um complô contra o governo", ela acabaria sendo negativa para o governo por várias razões: primeiro, porque reacende uma polêmica e, segundo, porque reafirma a necessidade de uma CPI como único instrumento de investigação pública e transparente. "Os 50% da população que, segundo as pesquisas (de opinião divulgadas na sexta-feira e segunda-feira), não tinham ouvido falar sobre o caso Waldomiro, agora certamente ouvirão, e isso vai abalar ainda mais a popularidade do governo", avaliou Goldman.

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