08 de agosto de 2011 | 19h15
No seu entender, o governo enfrenta o impasse de encontrar "coisas ruins" em qualquer lugar que mexer. No caso específico do Ministério da Agricultura, Aloysio Nunes lembra que a exoneração do ex-secretário-executivo Milton Ortolan "logo de cara" demonstra que a situação na pasta é pior do que mostra a reportagem da revista Veja sobre a cobrança de propina de contratos da pasta. "Se o assessor direito do ministro saiu logo de cara, é porque tem coisa mais grave lá dentro", afirmou.
O senador disse que falta à presidente Dilma um comportamento transparente em substituição à atitude adotada até agora, de "dar uma no cravo e outra na ferradura". "A presidente tirou muitas pessoas do Ministério dos Transportes mas, ao mesmo tempo, o governo se esforçou para retirar as assinaturas e impedir uma CPI para apurar irregularidades na pasta", criticou. "Em matéria de corrupção, o governo está na seguinte situação, como se diz lá no interior: cada machadada, uma minhoca", provocou.
O senador tucano diz acreditar que o Planalto não deveria ter dificuldades em fazer algo contra o PMDB, se tivesse uma regra uniforme de ação. "Se o governo define uma regra, essa regra tem de ser igual para todos e dentro do PMDB tem gente muito boa que quer fazer política corretamente, não há porque ter medo de punir os maus feitos", alegou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.