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Aliança PT-PMDB tem ''liderança frouxa'', diz Ciro

Por Moacir Assunção
Atualização:

O deputado e provável candidato pelo PSB à Presidência, Ciro Gomes, criticou ontem, em entrevista à Rádio Eldorado, a aliança do PMDB com o PT, em tempos de crise no Senado. "No Brasil, nenhum partido governa sozinho. O problema não é propriamente a aliança do PT com o PMDB, mas a liderança moral e intelectual desse acordo, que em minha opinião é frouxa." Ainda sobre a crise no Senado, Ciro classificou de "abominável" a censura contra o Estado imposta pelo desembargador Dácio Vieira, a pedido de Fernando Sarney, filho do presidente da Casa. Ele afirmou que a lei brasileira prevê, em alguns casos, segredo de Justiça, mas isso não impede o jornal de publicar informações de interesse da opinião pública. "Se o jornal já tem os dados, deve ter o direito de publicá-los. A imprensa faz muito mais bem que mal à sociedade, embora nas vezes em que erra cometa abusos." Sobre 2010, Ciro reafirmou que deverá ser candidato a presidente, não a governador de São Paulo - como deseja o presidente Lula. "É minha intenção ser candidato a presidente, embora pessoas que respeito dentro do meu partido continuem insistindo para que eu dispute o governo de São Paulo. Eu respeito essas opiniões", afirmou. O parlamentar fez uma autocrítica sobre as eleições anteriores de que participou. "A maturidade me fez ver que reagi com muita intempestividade às provocações que recebi em campanhas anteriores. Essa foi uma lição amarga que aprendi, segundo a qual, para ser presidente, além do preparo é preciso ter paciência." Ele defendeu a Contribuição Social para a Saúde (CSS), tributo em substituição à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), em tramitação na Câmara. "O Senado cometeu um equívoco ao extinguir a CPMF e tirar de uma vez R$ 42 bilhões dos cofres do governo."

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