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Algumas cidades podem ter meta de racionamento revista

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Por Agencia Estado
Atualização:

O governo poderá rever as metas de economia de energia em algumas cidades para permitir um aumento maior de consumo em relação às metas estabelecidas na semana passada, informou hoje o ministro de Minas e Energia, José Jorge. Ele praticamente descartou mudanças destinadas a elevar a meta em relação à que foi fixada pelo governo para o período de dezembro a fevereiro. "Recuar, jamais; o que se pode é avançar nessas regiões", disse, referindo-se às cidades onde historicamente existe uma diferença de consumo muito grande entre os gastos de energia do período seco e os do período chuvoso. José Jorge observou que, se houver alguma mudança, não será restrita ao Rio de Janeiro, de onde surgiram reações aos novos limites de consumo, considerados insuficientes. Segundo o ministro, se for necessário algum novo critério, ele será estendido a todas as outras cidades que se encaixem na mesma situação. Jorge disse, no entanto, que dificilmente as cidades do Nordeste se encaixariam em alguma mudança, já que, nessa região, faz calor durante praticamente o ano todo. O ministro reagiu às críticas de alguns setores segundo os quais o governo teria se precipitado ao anunciar, na semana passada, redução no racionamento. Segundo Jorge, seria "irreal" manter no período atual as mesmas metas do início do programa de racionamento de energia elétrica. O ministro disse ainda que mesmo a situação atual dos reservatórios é compatível com os níveis de consumo que estão sendo registrados. Um recuo só seria possível, na avaliação dele, na hipótese - que considera pouco provável - de os reservatórios voltarem a perder água. Jorge esclareceu que a taxa de economia de energia não é o principal indicador acompanhado pelas autoridades. O principal, disse, é o nível de água das barragens. Jorge explicou ainda que todas mudanças que estão sendo feitas são baseadas não na necessidade que as pessoas têm de consumir energia, e sim na capacidade de oferta. "Vamos ouvir todas as opiniões e reanalisar, e o que for preciso mudar nós mudaremos". Ele explicou que, se houver alteração, será na meta da localidade beneficiada e não na base de cálculo de consumo, pois esta todos já conhecem.

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