Alexandre Silveira assume vaga no Senado e ataca política de Guedes no governo

Silveira sinalizou distanciamento da área econômica do governo; alguns ministros acompanharam a posse nesta quarta-feira, 2

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Por Daniel Weterman
Atualização:

BRASÍLIA - O Senado deu posse ao senador Alexandre Silveira (PSD-MG), nesta quarta-feira, 2, na vaga de Antonio Anastasia (PSD-MG), que tomará posse no Tribunal de Contas da União (TCU). Silveira é braço direito do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como novo líder do governo na Casa. No discurso, o novo senador indicou distanciamento com a política do ministro da Economia, Paulo Guedes

"Há mais de dois anos ouço falar da recuperação em V, na estabilidade do dólar e na sustentabilidade fiscal como fonte geradora de justiça social e onde está o resultado desse discurso? Não dá mais para esperar", disse Silveira. "Não estamos discutindo viagem à Disney. Estamos falando de recorde na exportação agrícola e em contraponto o que temos é o quilo de músculo a R$ 40 e butijão de gás a R$ 130. Não são ações ortodoxas e conservadoras na economia que resolverão os problemas do Brasil. Não se cura câncer com placebo."

Alexandre Silveiratomou posse em vaga no Senado nesta quarta-feira, 2 Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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A escolha de Silveira para líder do governo provocou impasse no PSD e vem sendo colocada em dúvida, assim como a possibilidade de o parlamentar protocolar uma proposta para desonerar a cobrança de impostos federais sobre o diesel, patrocinada por Bolsonaro. A posse do novo senador foi prestigiada nesta quarta-feira pelos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), Tereza Cristina (Agricultura) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura). 

Silveira diz ter avisado o Palácio do Planalto que dará apoio às pautas de interesse nacional, mas não adotará adesão automática ao Executivo. "Esse apoio não significa submissão ideológica nem assunção a qualquer cargo, pelo contrário. Significará muitas vezes apontar o que considero errado em relação à pauta econômica, ambiental e social", afirmou.

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