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Alencar defende tributação sobre poupança

Por Tania Monteiro
Atualização:

Em uma conversa informal com jornalistas após sua mais recente internação hospitalar, o vice-presidente José Alencar, no exercício da Presidência, José Alencar, defendeu a tributação sobre os rendimentos da caderneta de poupança e voltou a criticar a taxa de juros. "Todo rendimento deve ser tributado", afirmou Alencar na conversa informal em seu gabinete, na vice-presidência da República. Segundo ele, a tributação sobre a poupança idealizada pelo governo representa uma parte mínima do rendimento e não deve causar preocupação.Alencar defendeu vinculação de parte do Orçamento da União para as Forças Armadas, equivalente a 3% a 5% do PIB. Esses recursos, segundo ele, iriam garantir o reequipamento das Forças Armadas. "Daria muita força para o sistema de defesa do País que está abandonado há muito tempo e precisa de muito cuidado", afirmou.O vice-presidente defendeu também o desenvolvimento de armas nucleares no País, o que, na sua opinião, daria respeitabilidade. Citou o caso do Paquistão, país que tem assento em vários organismos internacionais por ter desenvolvido armas nucleares. "Temos tecnologia da energia nuclear. Temos de avançar nisso. Acho que é vantagem do ponto de vista de dissuasão. Para ter um país forte tem de avançar nisso. Até mesmo para fins pacíficos. Se estivéssemos nessa condição, imagine o que seria do Brasil. A respeitabilidade aumentaria muito", disse.José Alencar voltou a criticar as taxas de juros. "Todo o sucesso da economia é apenas da política monetária. É graças à política econômica, mas é apesar da política monetária''. Reiterou que a rubrica mais pesada são as despesas com juros.Na sua avaliação, a polêmica em torno da compra de caças vai acabar favorável ao Brasil, com a redução do preço dos aviões. Deixou claro, porém, que caberá ao presidente Lula a decisão sobre o assunto."O presidente vai receber o relatório técnico dos caças mas a decisão política é dele", disse.

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