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Alemão é preso acusado de contrabandear fósseis

Por Agencia Estado
Atualização:

O geólogo e paleontólogo alemão Michel Lothar Günther Schuwickert está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Fortaleza, acusado de ser o maior contrabandista de fósseis da Chapada do Araripe, no Ceará. Ele foi detido na quinta-feira, quando tentava prorrogar o prazo de permanência no País. Michel Schuwickert responde processo na 2ª Vara Federal e, apesar da proibição, tinha saído do Brasil no mês passado. Ele estava com prisão preventiva decretada desde o dia 25 do mês passado, pelo juiz federal Augustino Lima Chaves. A primeira denúncia contra o geólogo surgiu em 2000, no Rio de Janeiro, quando foram apreendidas quatro toneladas de fósseis. De acordo com as investigações da PF, o alemão já agia há pelo menos sete anos. Ele comprava as peças dos agricultores para vender na Europa. Na quinta-feira, foram encontrados cinco mil fósseis no município de Santana do Cariri, a 598 quilômetros de Fortaleza. Segundo a PF ?há fortes indícios? de serem dele. De acordo com o superintendente interino da PF, Carlos Sérgio Bezerra Fontoura, o alemão responde a três processos por tráfico de fósseis, sendo dois no Ceará e um no Rio de Janeiro. Um quarto inquérito deverá ser instaurado a partir da apreensão feita na quinta. O alemão costumava vir ao Brasil passar temporadas de até dois meses. Arregimentava ´´peixeiros´´ (agricultores que trabalham na extração ilícita de fósseis) na Chapada do Araripe, comprava as peças e as remetia para a Europa através do Rio de Janeiro. Como não há legislação específica contra o contrabando de fósseis, disse Fontoura, o alemão poderá ser enquadrado no artigo 163 do Código Penal - ´´destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia´´. Isso porque fósseis são considerados patrimônio da União. A pena prevista é de seis meses a três anos de detenção.

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