
31 de outubro de 2011 | 16h40
Rebelo abriu seu discurso com um elogio à presidente Dilma Rousseff. Enfatizou o fato de ela ser a primeira mulher eleita para ser chefe de Estado no País. Continuou com uma série de elogios a Orlando Silva. "Faço o elogio ao trabalho do Ministério porque posso fazê-lo por sua biografia". Comentando a declaração de inocência feita pelo antecessor, Rebelo foi além. "Talvez, mais do que inocente, o senhor (Orlando) seja vítima, talvez essa seja a palavra mais precisa", disse Rebelo.
O novo ministro fez ainda menções honrosas ao seu partido, alvo de diversas denúncias de favorecimento por meio de desvio de recursos na Pasta do Esporte. Ele destacou a trajetória política do partido, a luta contra a ditadura e o fato de a legenda estar prestes a completar 90 anos de história. Afirmou ainda que possíveis erros serão corrigidos, mas não prejudicam a imagem do partido. "O PCdoB não está acima da crítica, das fatalidades humanas, dos erros".
Rebelo fez também uma exposição sobre o Segundo Tempo. Afirmou que a falta de equipamentos esportivos no Brasil dificultou a implantação do programa, que visa beneficiar crianças com a prática de atividades físicas. "A educação tem escola, a saúde tem hospitais, no esporte não tínhamos onde fazer a política pública".
O novo ministro enfatizou o fato de que o Brasil vai sediar a Olimpíada e a Copa do Mundo nos próximos cinco anos. Fez uma longa exposição sobre o futebol e destacou que a Fifa tem mais filiados do que a ONU. Disse também que precisará da ajuda do governo, de outros ministros, de dirigentes esportivos e até da imprensa para realizar seu trabalho.
O ministro concluiu seu discurso com duas referências bem-humoradas. A primeira foi pelo dia da posse. Rebelo fez um projeto, não aprovado, de transformar o dia 31 de outubro em Dia do Saci, para se contrapor ao norte-americano Halloween. A segunda foi com o fato de não poder atender ao primeiro pedido que recebeu no exercício da Pasta. De acordo com Aldo, o prefeito de Viçosa (AL), sua cidade natal, pediu que o município sediasse a abertura da Copa do Mundo. Ele afirmou que não será possível atender ao pedido e destacou que o evento será aberto em São Paulo.
A cerimônia lotou o Salão Oeste do Palácio do Planalto. Dirigentes esportivos e políticos de diversos partidos estiveram presentes. O mais aplaudido, porém, foi o ex-jogador Pelé, citado em todos os discursos.
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