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Aldo promete colocar em pauta fim do voto secreto no Congresso

O presidente disse ser a favor do fim do voto secreto para os casos de cassação de mandato

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse nesta quarta-feira que vai colocar na pauta a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no Parlamento. Isso não significa que ela será votada em breve, já que há medidas provisórias e dois projetos de lei em discussão. Aldo disse ser a favor do fim do voto secreto, no caso de cassação de mandato, mas defendeu a preservação desse tipo de votação para os casos de veto presidencial a projeto aprovado pelo Congresso, eleição para a Mesa Diretora e indicações para ministro do Tribunal de Contas da União (TC). Ele lembrou que, há cerca de um mês, pediu aos líderes partidários na casa que analisassem a proposta e a discutissem em suas bancadas. Agora, ele considera que já houve tempo para isso e decidiu colocar a matéria na pauta, já nesta quinta-feira. Aldo fez essas declarações durante audiência com deputados de diversos partidos que lançaram, nesta quarta-feira, a Frente Parlamentar pelo Voto Aberto. Os deputados lançaram um manifesto intitulado "Quero Saber como Vota Meu Parlamentar", no qual sustentam que o povo brasileiro tem o direito de saber como seu representante vota. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse que é necessário acabar com o voto secreto para que haja transparência e que o deputado possa prestar contas ao eleitorado e à sociedade brasileira. No encontro com os parlamentares, Aldo reafirmou que não é prevista a exibição de votos durante o julgamento de processos de cassação, como tem sido feito pelos deputados do PSOL, que declaram seu voto, e como já foi também anunciado pelo PV. Segundo o presidente da Câmara, essa atitude pode provocar ações judiciais. Ele considera diferente a exibição do voto do deputado, quando vai depositá-lo na urna, da declaração de voto feita verbalmente no plenário. A emenda constitucional que acaba com o voto secreto já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e por uma comissão especial que a examinou e está, desde o ano passado, pronta para ser votada pelo plenário.

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