Aldo não descarta disputar Câmara contra Chinaglia

O atual presidente da Casa e candidato preferido do Planalto pode tentar a reeleição. PT lançou a candidatura do líder do partido, deputado Arlindo Chinaglia

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), não descarta a possibilidade de disputar no plenário a sua reeleição ao cargo contra o líder do governo na Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que foi lançado na última terça pela Executiva do PT e pela bancada petista à sucessão na Casa. Em conversa com interlocutores, Rebelo avaliou que esse quadro não deve ocorrer, mas não descartou o eventual enfrentamento no voto. Aliados de Rebelo articulam, provavelmente para a próxima semana, o lançamento de seu nome à reeleição para o cargo. A eleição para a Mesa Diretora está marcada para o dia 1º de fevereiro de 2007, mas as candidaturas deverão estar explícitas antes do recesso parlamentar que começa no próximo dia 22 para facilitar as campanhas."Eu não vejo necessidade de precipitar o processo e ainda tenho o tempo político mais do que razoável", afirmou Rebelo. Ele considerou "normal" o lançamento do nome de Chinaglia para disputar o cargo que ocupa. "Nós não temos um partido único na Câmara para lançar somente um candidato, então eu acho que é normal que haja o lançamento de candidaturas, que haja a disputa", disse. Aliados de Rebelo contabilizam apoios à sua reeleição em parte das bancadas do PMDB, do PTB, do PP e do PL. O PCdoB e o PSB apóiam Rebelo, assim como partidos de oposição ao governo. Mesmo no PT, Rebelo tem recebido manifestações de apoio. Um grupo petista avalia que a candidatura de Chinaglia representaria a volta dos deputados que foram envolvidos no esquema do mensalão ao poder na Câmara, além de aumentar a influência desse grupo no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os aliados de Chinaglia contabilizam os apoios das bancadas do PP, do PTB, do PL, além do PT. Na contabilidade dos aliados de Rebelo, apóiam o presidente da Casa as bancadas de deputados ligadas aos governadores reeleitos do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), do Amazonas, Eduardo Braga (PMDB), e dos governadores eleitos do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), de São Paulo, José Serra (PSDB) e de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), além dos governadores do PSB.

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