O presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdo B-SP) decidiu nesta quinta-feira que levará até o fim sua candidatura à reeleição, mesmo que tenha de disputar no plenário com o candidato do PT Arlindo Chinaglia (SP). Aldo traçou sua estratégia de campanha em reunião com o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), e representantes do PSB, PTB, PMDB e PCdoB em sua residência, em Brasília. O atual presidente da Câmara vai buscar o apoio dos governadores eleitos, oferecendo em troca a votação de uma reforma tributária que transfira recursos da União para os Estados, segundo um dos participantes do encontro. "O presidente do PT, senhor Marco Aurélio Garcia, cometeu uma intromissão inaceitável no processo de sucessão na Câmara, e acabou fortalecendo a campanha de Aldo Rebelo", disse a jornalistas o líder da minoria (oposição), José Carlos Aleluia (PFL-BA). Aleluia se referia à carta em que Marco Aurélio Garcia propôs um acordo entre PT e PMDB para se revezarem no comando da Câmara. "Esse homem não tem um voto, não entende nada de política, não tem sensibilidade para uma assunto dessa importância", disse Rodrigo Maia, em outra crítica ao presidente do PT. Aldo Rebelo deve oferecer o mesmo tipo de acordo ao PMDB, segundo o líder do PCdoB na Câmara, Ignácio Arruda (CE). "O Aldo é reeleito agora e indica o próximo presidente com o apoio desse grupo", disse Arruda.